22/04/2008

Assistência farmacêutica mais eficiente

O sistema de saúde pública do Distrito Federal realizou cerca de 5 milhões de atendimentos nos ambulatórios e emergências da cidade, entre janeiro e setembro de 2007. Em 2006, foram pouco mais de 6,3 milhões. No mesmo ano, houve quase 120 mil internações, 33 mil cirurgias e 8,3 milhões de exames de patologia clínica. O que os números do Relatório Estatístico da Secretaria de Saúde não revelam é a difícil situação da saúde pública na cidade.

Ao todo, o DF conta com 15 hospitais, 61 centros de saúde, 37 postos de saúde e três unidades mistas, que acabam servindo também à população do Entorno. De acordo com a Promotora Adjunta da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), Lígia dos Reis, queixas sobre demora no atendimento e falta de medicamentos na rede pública são constantes.

Por isso, a Promotoria coordena um projeto com o objetivo de impulsionar a gestão das políticas públicas de assistência farmacêutica no DF. “Queremos que a compra de medicamentos seja feita de forma racional, sem prejudicar os cofres públicos. Também queremos contribuir para que o governo melhore a gestão sobre os medicamentos como um todo, desde a aquisição até a dispensação”, explica.

O projeto também visa reunir dados técnicos sobre a falta de medicamentos. “O governo do DF sempre diz que a falta de algumas medicações se deve à ausência de recursos para a compra, mas sabemos que o DF é privilegiado nesta área. Então, sentimos a necessidade de reunir dados técnicos sobre a questão, para esses argumentos entrem no processo judicial como matéria de prova”, afirma a Promotora.

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