05/08/2008

Voz da Contag

Galera,

colaborei com a locução de algumas matérias publicadas nas edições 793 e 798 do programa de rádio A Voz da Contag. As reportagens são da minha colega Daniele Santos. Confiram!

Terceirizados da Caixa se qualificarão em programa aberto

O Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento (CDTC), do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), capacitará trabalhadores terceirizados da Caixa Econômica Federal (CEF) em linguagens de software livre. A parceria da Fenadados com o CDTC permitirá que quase 10 mil prestadores de serviço do banco se requalifiquem e conquistem melhores oportunidades de trabalho.

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Inicialmente, os terceirizados terão acesso a quatro cursos, já disponibilizados na internet. De acordo com o coordenador-geral de operações, Djalma Valois, o Centro de Difusão de Tecnologia fornecerá sua estrutura para qualificar os prestadores de serviço. “O CDTC vai disponibilizar toda a infra-estrutura para a qualificação dos terceirizados da Caixa Econômica. A Fenadados também poderá definir cursos de capacitação específicos para os prestadores de serviço”, explica Valois.

Os quatro cursos juntos têm duração total de 940 horas/aula. “Na verdade, temos 200 cursos distribuídos em quatro grupos: Usuário Básico, que tem 50 horas de aula; o Técnico Cidadão, com170 horas; o Programador, que são 270 horas; e o Administrador de Redes, que são 450 horas. Todos os cursos são interligados e abertos a toda a população brasileira”, conta o coordenador.

Os terceirizados da Caixa Econômica interessados em se capacitar em softwares não-proprietários devem acessar o endereço http://www.cdtc.org.br/. O único requisito para a inscrição é que a pessoa tenha email com a extensão “.br”. Os prestadores de serviço terão acesso a todos os cursos do CDTC, contarão com o apoio de monitores e receberão certificados ao completar as horas/aulas.

Os cursos são online. Então, os terceirizados poderão acessá-los a partir de qualquer computador. Para facilitar a vida dos terceirizados, os sindicatos da categoria alocarão em suas sedes 500 máquinas doadas pelo banco.

O Centro de Difusão foi criado em 2004 pela Casa Civil em parceria com a IBM. O objetivo foi auxiliar o Governo Federal na implantação do plano nacional de software não-proprietário e de código fonte aberto. Segundo Djalma Valois, “o trabalho inicial foi de ajudar o Estado a migrar as suas bases. No entanto, hoje, também estimulamos o mercado a demandar profissionais especializados e tecnologias de código fonte aberto. Também apoiamos a criação de centros cooperados e a formação de técnicos”.

Além da área de qualificação, o CDTC está começando a criar pequenos produtos. É responsável pelo desenvolvimento de um centro de geoprocessamento, que é uma base de dados cartográficos. O departamento já tem mais dois outros produtos encomendados: um para controlar o patrimônio público e outro a entrada e saída de pessoas em prédios públicos.

Aproximadamente, 40 mil pessoas em todo o Brasil são usuárias do sistema do Centro de Difusão de Tecnologia. Utilizam a sua base 120 universidades federais, quase 1,4 mil empresas públicas e mais de 3 mil empresas privadas.

O projeto também será replicado em outros países da América Latina, por meio de apoio da Associação Latino-americana de Desenvolvimento e Intercâmbio (Aladi). Até dezembro deste ano os monitores da iniciativa brasileira começam a capacitação de técnicos argentinos. “A idéia é ter um grande projeto de massificação do software livre na América Latina, permitindo que o Estado se liberte definitivamente do software proprietário, e, conseqüentemente, das onerosas licenças. Queremos aumentar o número de usuários de programas abertos e fomentar a produção de tecnologia na América Latina”, afirma o especialista.